sexta-feira, 7 de maio de 2010

NOITE DE PREMIAÇÕES NO CINE-PE 2010


Filme de Jorge Durán fez sua estréia nacional em festivais no CINE-PE 2010. O festival contabilizou um público de mais 275 mil pessoas, sendo que cerca de 2.000 expectadores puderam conferir o filme na sessão que encerrou a Mostra Competitiva do festival. Na cerimônia de premiação o longa metragem levou para casa dois prêmios. O Prêmio Especial do Júri: Para Rogério Fróes, pela importante contribuição à cultura, ao teatro e ao cinema brasileiro. E o prêmio concedio pela Federeção dos Cineclubistas ao melhor longa metragem para reflexão. Veja no video abaixo o texto lido durante a entrega do prêmio da FEPEC.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

CRÍTICA DO FILME NO CINE-PE 2010


Veja um trecho da crítica do filme feita pelo jornalista do O GLOBO Rodrigo Fonseca. "Realizador de dois longas-metragens memoráveis sobre as inquietações de uma juventude em colisão com a perda de referenciais políticos, o chileno radicado no Brasil Jorge Durán confirmou sua maestria na noite de ontem no 14º Cine PE. Diretor de “A cor do seu destino” (1986) e “Proibido proibir” (2006), Durán encerrou a seleção competitiva de longas do festival pernambucano com “Não se pode viver sem amor”, coproduzido por Carlos Diegues. Frente a um time de concorrentes de resultados medianos – “Sequestro”, de Wolney Atalla, era o melhor dos concorrentes até sexta -, o veterano roteirista e cineasta trouxe para Pernambuco uma carga de poesia diferenciada, particular, mas com uma força que gerou muitas incompatibilidades. E reside exatamente em sua capacidade de gerar instabilidade nas opiniões o vigor que tornou o diretor um dos mais preciosos do país, mesmo com uma filmografia tão curta. Em seu cinema, reina um lirismo despreocupado com o realismo hoje imperador – e castrador - na produção audiovisual do Brasil."

FILME NO CINE-PE 2010 - CRÍTICA DE PERNAMBUCO


O novo filme de Jorge Durán fez parte da mostra competitiva do festival em Recife. Veja o cometário publicado na Folha de Pernambuco:
"Na sexta-feira, ainda em competição, o longa de Jorge Duran "Não se Pode Viver sem Amor", trouxe à luz um tipo de cinema tão audacioso na aposta de seu discurso quanto o próprio título o é. Conta a história de Gabriel (o ótimo Victor Navega Motta), menino de 9 anos que, na véspera de natal, vem do interior do Rio de Janeiro para a capital com Roseli (Simone Spoladore) em busca do pai. Na viagem, esbarram com um físico (Ângelo Antônio) sofrendo com a morte do pai, e com um advogado desempregado (Cauã Reymond) disposto a fazer tudo para tirar a amada (Fabiula Nascimento) do bordel. Aqui, o roteiro de Duran (que também roteirizou "Pixote, A Lei do Mais Fraco", 1977) é sadio o suficiente para evitar as tentações de realizar aqueles mirabolantes entrecruzamentos nas histórias dos personagens, como tanto se tem visto no cinema recente. O fantástico aqui acontece em outra escala, a do sentimento humano e não a do narrativo cinematográfico. Gabriel é dotado de poderes especiais que não se explicam, assim com não se explica o poder do encantamento e da inocência inerente a toda criança. "Não se Pode Viver sem Amor" é sem dúvida, a melhor ficção em competição exibida neste 14º Cine-PE e por isso merece reconhecimento."